
A pergunta “Quem será o vice de JHC?” tem movimentado o debate político em Maceió. E a decisão não é fácil. Podendo barrar a indicação do senador Rodrigo Cunha (Podemos), entra em jogo o poder do Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e seu indicado do PP.
Em um cenário político complexo e dinâmico, as alianças se configuram como ferramentas estratégicas essenciais para o sucesso de projetos e a conquista de objetivos em comum. Nesse aspecto, está em jogo a aliança política do PP de Lira com JHC.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), tem posicionamento firme sobre a indicação. Para o deputado, não existe dúvida: o vice será um progressista.
Nos bastidores da indicação, existe uma pauta de planejamento para futuras disputas políticas, que vão além da eleição de 6 de outubro. Mirando em 2026, o acordo busca manter a ascensão política de JHC, com apoio para a disputa do cargo de governador de Alagoas.
O compromisso também pauta a carreira de Arthur Lira. Mantido o compromisso, o deputado se mantém no Palácio do Congresso Nacional, mas agora como candidato a senador.
Para Arthur Lira, o acordo se mantém com JHC e o nome do ex-deputado estadual e atual Secretário de Relações Federativas, Davi Davino (PP), ganha destaque.
Por outro lado, a indicação do senador Rodrigo Cunha para vice ameaça o acordo com o PP. Cunha, que é aliado de primeira ordem do prefeito, tem a seu favor os benefícios que sua indicação pode garantir para a família Caldas. Com o afastamento de Rodrigo do senado, assume a primeira suplente, Eudócia Caldas, mãe de JHC.
A definição do vice pode se estender até as convenções partidárias. Um político antigo, em sua sabedoria, certa vez me disse que político cumpridor tem carreira longa, reforçando o argumento: “acordo político é pior que decisão da justiça. Enquanto a decisão judicial se discute, o acordo político se cumpre”.