
A pressão por mudanças no secretariado do governo de Alagoas tem se intensificado, com várias forças políticas manifestando interesse em reconfigurar as pastas. A busca por espaço, a proximidade das eleições e a necessidade de fortalecer alianças políticas são alguns dos fatores que impulsionam esse movimento.
Um dos principais motivos dessa pressão vem de prefeitos que ficaram sem mandato em 2025 e buscam novos espaços na administração estadual. Para muitos, ocupar o cargo de secretário é uma forma de manter-se em evidência na vida pública e planejar o futuro político.
Outro elemento que alimenta essas discussões é a proximidade das eleições. Com a disputa de 2026 no horizonte, as mudanças nos comandos das secretarias se configuram como uma estratégia de articulação política para converter adversários em aliados. Esse movimento é visto como essencial para fortalecer a base do governo e ampliar o apoio em diversas regiões do estado.
Há também a questão da ausência de secretários atualmente com potencial para disputar as eleições. Esse vazio cria espaço para a nomeação de novos nomes, com perfis políticos e preparados para entrar na disputa eleitoral. A escolha desses nomes pode ser decisiva para consolidar projetos eleitorais e fortalecer o grupo político do MDB.
Com o retorno de Paulo Dantas ao comando do governo estadual, essa pauta ganhou ainda mais relevância. As negociações sobre as mudanças no secretariado já estão sendo discutidas com a cúpula política, que inclui figuras de peso como o senador Renan Calheiros, o ministro Renan Filho e o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor. Essa articulação deve definir os rumos da gestão e o cenário político alagoano.