
A crise política na Câmara Municipal de Maceió se intensifica com o afastamento do vereador Siderlane Mendonça (PL) e de servidores ligados ao seu gabinete, em decorrência da Operação Falácia da Polícia Federal, que investiga um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.
A situação se agrava com a pressão do suplente Caio Bebeto (PL) por sua posse imediata, enquanto a mesa diretora alega que o regimento interno permite o afastamento de até 120 dias sem convocação do suplente.
A Operação Falácia cumpriu 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de Maceió e Rio Largo, além de 17 medidas cautelares diversas da prisão. Entre as medidas, destaca-se o afastamento do vereador Siderlane Mendonça e o bloqueio de bens que ultrapassam R$ 200 mil.
Em cumprimento à decisão judicial, o presidente da Câmara Municipal de Maceió, vereador Chico Filho (PL), publicou uma portaria que oficializa o afastamento do vereador e dos servidores mencionados na decisão judicial.
A portaria proíbe os investigados de acessarem as dependências da Câmara Municipal e orienta os membros do Poder Legislativo e os servidores a evitarem contato pessoal ou telefônico com os investigados.
Apesar do afastamento de Siderlane, a Câmara Municipal informou que a posse do suplente Caio Bebeto (PL) não será imediata. Segundo o regimento interno da Casa, o vereador afastado pode permanecer até 120 dias fora do cargo sem a necessidade de convocação de um suplente.
O suplente Caio Bebeto protocolou seu pedido de posse, argumentando que a decisão judicial configura vacância do cargo e justifica sua convocação imediata para assegurar o pleno funcionamento da Câmara.
A indefinição sobre a posse imediata do suplente pode abrir caminho para uma disputa judicial entre Caio Bebeto e a Câmara de Maceió, agravando ainda mais a crise no Legislativo municipal.