
O senador Renan Calheiros (MDB) deixou claros os caminhos do seu grupo político para as eleições de 2026 em Alagoas.
Ao confirmar que disputará a reeleição ao Senado e anunciar que o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), deixará o governo federal em abril do próximo ano para disputar o governo do estado, Renan traçou um plano direto e estratégico: manter o MDB no controle do Executivo estadual e ampliar sua força no Congresso Nacional.
Definido, o grupo busca as duas vagas em disputa para o Senado. Além de Renan, que é candidato declarado, outro nome do partido será lançado, abrindo espaço para que, a partir de 2027, os três senadores do estado possam ser do MDB, um feito político que reforçaria o domínio da sigla.
Muito se especulou sobre uma possível trégua entre Renan Calheiros e o deputado federal Arthur Lira (PP). Esse entendimento abriria caminho para que ambos disputassem as duas vagas disponíveis ao Senado sem confronto direto.
No entanto, Renan foi taxativo ao descartar qualquer aliança com Lira. “Eu considero que é exatamente esse perfil que falta ao deputado Arthur. Eu não tenho nada contra ele do ponto de vista pessoal, mas, sinceramente, não vejo nele a característica de defender o interesse de Alagoas.”
A declaração evidencia que o MDB não está disposto a ceder espaço para adversários e reforça a tendência de acirramento entre Calheiros e Lira para 2026. Essa disputa deve se tornar o principal foco do embate entre os dois líderes que polarizam a política alagoana há anos. Com a negativa de aliança, o confronto direto parece inevitável.
Na Assembleia Legislativa, o MDB também sustenta uma base sólida, com a maioria dos deputados estaduais. Para 2026, o partido planeja manter e, se possível, ampliar esse domínio, consolidando o controle político sobre o Legislativo estadual.
Com 92 prefeituras, o governo estadual, maioria na Assembleia Legislativa e no Congresso, o MDB marcha rumo ao poder absoluto em Alagoas.