
A recente pesquisa eleitoral do Instituto Falpe confirma: a corrida pelas duas vagas no Senado em Alagoas promete ser uma das mais acirradas do país em 2026. Adversários históricos e líderes políticos com forte influência estadual, Renan Calheiros (MDB) e Arthur Lira (PP) disputam espaço e protagonismo há anos e agora voltam a se enfrentar diretamente nas urnas.
No levantamento realizado entre os dias 5 e 15 de julho, com 2.482 eleitores ouvidos em 40 municípios das regiões urbanas e rurais do estado, Renan aparece com 33% das intenções de voto, seguido por Arthur Lira, com 28%.
Na sequência, surgem Alfredo Gaspar (23%) e Davi Filho (22%). Paulão registra 4,5% e Eudócia Caldas, 1,5%. Chama atenção o índice de eleitores que não votariam em nenhum dos nomes apresentados (12,5%) e os que preferiram não opinar (16,5%).
O dado mais instigante surge quando JHC é incluído no cenário estimulado: Renan cai para 30%, Lira para 25% e JHC surpreende com 24%, praticamente empatando com os dois líderes. Alfredo Gaspar aparece com 20%, Davi Filho com 19% e Paulão mantém 4%. Novamente, os indecisos e os que rejeitam todos os nomes somam números expressivos (12% e 15%, respectivamente).
A disputa direta entre Renan e Lira reacende uma das maiores rivalidades políticas do estado. A dúvida que surge é: qual deles será o mais votado? Mas a pesquisa também levanta uma outra questão relevante: existe espaço para uma terceira via?
No quesito rejeição, Renan lidera com 11,5%, seguido por Lira (8%) e Paulão (7,5%). Esses números reforçam a percepção de que há um cansaço em parte do eleitorado com os nomes tradicionais.
A pouco mais de um ano da eleição, o que se vê é um jogo quase definido, com dois pesos-pesados disputando voto a voto, mas com a possibilidade de um terceiro nome desestabilizar a polarização. Até lá, tudo pode mudar.