O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (29) que não haverá mudanças na distribuição das cadeiras da Câmara dos Deputados para as eleições de 2026. Isso significa que Alagoas seguirá com nove representantes federais, mesmo após o novo Censo Demográfico. A redistribuição de vagas só deve ocorrer em 2030.
A bancada atual do estado é formada por Arthur Lira (PP), Isnaldo Bulhões (MDB), Marx Beltrão (PP), Paulão (PT), Luciano Amaral (PSD), Daniel Barbosa (PP), Delegado Fábio Costa (PP), Rafael Brito (MDB) e Alfredo Gaspar (União Brasil). São esses nomes que, em tese, terão de encarar uma disputa ainda mais dura no próximo ano.
Vale lembrar que, em 2023, diante de uma decisão anterior do STF que obrigava o recálculo da representação até junho de 2025, o Congresso tentou evitar perdas para alguns estados aprovando um projeto que ampliava o número de deputados de 513 para 531. A medida, no entanto, foi vetada pelo presidente Lula após recomendação da Fazenda, diante do impacto de R$ 64,6 milhões no orçamento.
Mesmo que a proposta tivesse avançado, Alagoas não ganharia nem perderia cadeiras. Já estados como Santa Catarina, Amazonas e Goiás seriam beneficiados. Pela Constituição, a Câmara deve refletir a proporção populacional de cada unidade da federação, respeitando o mínimo de oito e o máximo de 70 deputados.
Com a manutenção das nove cadeiras, o recado é claro: não haverá corte, nem espaço extra na bancada. Cada deputado que ocupa hoje uma vaga precisará redobrar esforços para garantir a reeleição, já que há muitos novos nomes de olho em conquistar a vaga em 2026.