
A disputa entre Arthur Lira e Renan Calheiros ganhou mais um capítulo agora no Supremo Tribunal Federal. O ex-presidente da Câmara apresentou nova petição contra o senador alagoano, a quem acusa de calúnia e difamação.
Lira pede uma condenação criminal, com punição exemplar, para preservar, segundo ele, o “mínimo de dignidade e respeito no dissenso político”.
A peça protocolada no STF afirma que Renan teve uma conduta “criminosa e degradante”, com ofensas “graves e pessoais” feitas por meio das redes sociais. A defesa de Lira argumenta que o senador espalhou “mentiras abjetas”, ao acusá-lo de lavar dinheiro por meio de prefeituras de Alagoas, usando o chamado “orçamento secreto”.
Além disso, Lira afirma que foi falsamente acusado de violência contra a mulher, mesmo após ter sido absolvido em decisão já transitada em julgado pelo próprio Supremo.
“O comportamento do querelado é mais que degradante. É criminoso. E há de ser assim tratado por esta Suprema Corte”, diz a petição.
Para Lira, as falas do senador não têm qualquer base em provas e extrapolam os limites do embate político. “São declarações mentirosas, destinadas a destruir reputações e sem respeito aos parâmetros mínimos do debate público”, reforça a defesa.
Esse é apenas mais um episódio da longa e intensa rivalidade entre os dois caciques alagoanos. Em 2026, a disputa tende a se intensificar ainda mais: Lira e Renan devem se enfrentar diretamente na corrida por uma das vagas ao Senado, travando uma das batalhas eleitorais mais aguardadas no estado.