
A tentativa de usar um sobrenome famoso na política alagoana não foi suficiente para garantir sucesso nas urnas. Durante a eleição para vereador em Maceió, o sobrinho do ex-presidente Fernando Collor, que utilizou amplamente a associação com o nome do tio em sua campanha, teve um desempenho abaixo do esperado e amargou uma derrota expressiva.
Fernando Affonso Lyra Collor de Mello (PSB), na disputa por uma vaga de vereador em Maceió (AL), mesmo com o peso histórico do sobrenome Lyra e principalmente Collor, que já esteve em destaque tanto no cenário local quanto nacional, com declarações de apoio e pedido de voto para o sobrinho, o candidato não conseguiu convencer o eleitorado maceioense.
A estratégia de vincular sua imagem à do ex-presidente, que também teve uma trajetória marcada por altos e baixos, pode não ter sido tão eficaz quanto o planejado.
A conquista de apenas 569 votos implica em uma reflexão sobre o capital político do ex-presidente. Na eleição de 2022, onde Fernando Collor disputou o cargo de governador, expôs a baixa adesão do eleitorado ao seu nome, em uma votação que não alcançou o segundo turno.
Essa situação evidencia uma mudança no perfil do eleitor, que tem sido cada vez mais crítico e menos influenciado por figuras políticas tradicionais. A eleição deste ano reforçou que, mesmo em famílias políticas de longa data, o nome por si só já não garante os votos necessários para a vitória.
Agora, com o resultado abaixo das expectativas, fica a dúvida sobre quais serão os próximos passos do jovem candidato e se ele continuará investindo na política local ou buscando novas formas de conquistar a confiança dos eleitores.
Para o ex-presidente Fernando Collor, o fato de não conseguir eleger o seu candidato a vereador revela um momento crítico em sua trajetória política.