
A nomeação de Maria Marluce Caldas Bezerra para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União, é um marco não apenas para o sistema de Justiça brasileiro, mas também para Alagoas.
A procuradora de justiça construiu sua trajetória no Ministério Público de Alagoas, onde ingressou em 1986 e alcançou, em 2021, o posto de procuradora de justiça. Sua carreira é marcada pela atuação firme nas áreas criminal e de direitos humanos, com destaque para sua participação em debates que contribuíram para a promulgação da Lei Seca, uma das legislações mais importantes na redução da violência no trânsito no país.
Marluce chega ao STJ para ocupar a vaga da ministra Laurita Vaz, aposentada em 2023. Mulher, nordestina e alagoana, sua indicação carrega um simbolismo de ruptura de barreiras históricas. Num tribunal que, por muitos anos, refletiu desigualdades de gênero e de origem regional, a presença de Marluce representa o avanço da pluralidade e da diversidade no Judiciário.
Sua formação sólida, com pós-graduação em direito constitucional e processual, somada à experiência de décadas no Ministério Público, lhe dá credenciais robustas para enfrentar os desafios da nova função.
Mais do que uma conquista pessoal, sua nomeação é motivo de orgulho para Alagoas, que vê uma de suas filhas ocupar um dos assentos mais importantes da Justiça brasileira.
O país ganha uma ministra com sensibilidade social, firmeza técnica e trajetória comprometida com a defesa dos direitos fundamentais. A chegada de Marluce Caldas ao STJ reafirma que talento, dedicação e compromisso público são caminhos que, ainda que difíceis, podem romper barreiras e inspirar novas gerações.