O Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL) instaurou um procedimento administrativo para investigar supostos pagamentos indevidos a 11 vereadores de Taquarana.
A denúncia aponta que a Câmara teria realizado repasses elevados a três vereadores. João Sebastião de Oliveira aparece como beneficiário de R$ 54 mil em janeiro de 2024 e de R$ 90 mil em janeiro de 2025.
Já Selmo Cícero da Silva teria recebido R$ 90 mil em janeiro de 2024. A vereadora Maria Gabriela Ricardo Gabriel da Silva é investigada por um suposto pagamento duplicado em janeiro de 2025, que teria lhe rendido R$ 9 mil a mais. A Câmara justificou que a duplicidade seria apenas um erro no portal da transparência, sem reflexo no pagamento real.
A investigação também identificou uma suposta “duplicação de salário” partindo diretamente da Prefeitura desde 2023, com destaque para repasses nos anos de 2024 e 2025.
O vereador Erisval João de Souza aparece como o principal beneficiário, recebendo valores de R$ 34.446,53, R$ 30.000 e R$ 20.000 em 2024. Os vereadores Selmo Cícero da Silva, Stefany Pereira de Oliveira Higino e Reginaldo Galdino da Silva também são suspeitos de terem recebido quantias expressivas em 2025.
O MP também apura suspeitas de abusos no pagamento de diárias, tanto pela Câmara quanto pelo Executivo.
A instauração do procedimento indica que o Ministério Público encontrou indícios relevantes para abrir investigação formal, cabendo agora à Prefeitura e à Câmara apresentar documentos que justifiquem as movimentações financeiras. Caso as irregularidades sejam confirmadas, o episódio pode se tornar um dos maiores escândalos de Taquarana, tanto pelos valores envolvidos quanto pelo impacto direto na legitimidade do Executivo e do Legislativo.