
O nome do ministro dos Transportes, Renan Filho, volta a ganhar força nos bastidores de Brasília como possível vice de Lula em 2026, em articulação conduzida por setores do MDB. A simples possibilidade de sua indicação para compor a chapa presidencial tem potencial de embaralhar completamente o cenário político em Alagoas, onde Renan é o principal nome do MDB para disputar novamente o governo do estado
Caso avance rumo à vice-presidência, o grupo liderado por seu pai, o senador Renan Calheiros, terá de reorganizar sua estratégia e encontrar um novo nome competitivo para a sucessão estadual.
A movimentação para incluir o MDB na chapa de Lula parte, principalmente, de lideranças do Norte e Nordeste.
A proposta inclui a substituição de Geraldo Alckmin (PSB), atual vice, por uma liderança emedebista, ampliando o espaço do partido no eventual segundo mandato de Lula. Além de Renan Filho, outro nome citado é o do governador do Pará, Helder Barbalho.
Internamente, o MDB está dividido. Lideranças resistem à aproximação com o PT e atua para formar uma frente com governadores de direita e centro-direita, visando lançar uma alternativa ao Palácio do Planalto. Ainda assim, há consenso de que qualquer decisão será formalizada apenas na convenção nacional do partido, marcada para o próximo ano.
Enquanto o jogo nacional avança, Alagoas aguarda sinais. Renan Filho, que tem base consolidada no estado, é considerado nome certo para disputar o governo, tendo sua pré-candidatura defendida por muitos aliados, a exemplo do governador Paulo Dantas.
Renan Filho deve deixar o governo federal em abril de 2026 para ficar apto a disputar as eleições, seja como candidato a governador em Alagoas ou a vice-presidência.
A indefinição pode abrir espaço para novos atores e estimular a oposição, por exemplo, o prefeito de Maceió, JHC, pode se sentir estimulado a entrar na disputa pelo governo estadual. Se Renan Filho for candidato a vice de Lula, quem do MDB tem potencial para substituilo?