Horas após a operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão na Prefeitura de São Luís do Quitunde, a prefeita se pronunciou publicamente, em vídeo, para comentar a ação e direcionar críticas à oposição local.
“Essa ação da Polícia Federal aqui no nosso município não passa de mais uma tentativa frustrada da candidata derrotada Vicka Pacheco de alterar o resultado legítimo das eleições”, declarou a gestora. Em tom firme, ela afirmou que a adversária estaria “buscando a todo custo prejudicar os contratados da Prefeitura” e classificou as denúncias como “infundadas e movidas por uma busca desequilibrada pelo poder”.
A prefeita também procurou tranquilizar os servidores e a população quitundense, reforçando que sua gestão “segue de cabeça erguida, superando cada desafio proposto pela oposição e trabalhando pelo desenvolvimento do município”.
Apesar do discurso de defesa, o episódio abre uma nova frente de debate: até que ponto uma operação da Polícia Federal pode ser tratada como movimento político? A PF, vinculada ao Ministério da Justiça, atua por determinação judicial e dentro de critérios técnicos, o que coloca em xeque a tese de interferência partidária.
O caso expõe a tensão crescente no cenário local, marcada pela disputa entre o grupo da prefeita e a ex-candidata Vicka Pacheco. A narrativa de perseguição política, por um lado, e a insistência da oposição em questionar a lisura administrativa, por outro, revelam o clima de polarização que deve pautar o debate político em São Luís do Quitunde nos próximos meses.
A Polícia Federal cumpriu, nesta terça-feira (14), onze mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram determinadas no âmbito de uma ação de investigação judicial que tramita na 17ª Zona Eleitoral do município.