Durante solenidade de lançamento das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), nesta segunda-feira (7), em Arapiraca, o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), fez um anúncio impactante para a política alagoana: deixará o ministério em abril de 2026 para viabilizar sua candidatura ao Governo do Estado. A decisão, embora especulada nos bastidores, marca o início do processo eleitoral no estado e impõe pressão ao prefeito de Maceió, JHC (PL), principal nome da oposição.
A fala de Renan foi clara e direta: “Uma certeza precisa ser colocada, eu vou me desincompatibilizar em abril para ficar apto a disputar as eleições ao governo de Alagoas. O senador Renan, que é o presidente do nosso partido, o governador (Paulo Dantas), já tem registrado sempre quando podem o meu nome. E eu jamais me furtarei ao povo alagoano, ao meu grupo político, a disputar as eleições. O senador Renan, como presidente do partido, tem dito sempre isso. Eu senti o calor das pessoas quando estava chegando até aqui”, afirmou.
Com a declaração pública, Renan coloca o tabuleiro político em movimento e pressiona o grupo de oposição, especialmente JHC, a tomar uma decisão urgente: o prefeito de Maceió será ou não candidato a governador?
JHC tem evitado confirmar seu futuro político, mas aliados e adversários reconhecem o peso de sua popularidade na capital. Mas, com a entrada oficial de Renan na disputa, o “tempo de espera” começa a cobrar um custo político.
O anúncio tem efeito sobre os partidos que orbitam em torno da oposição. Quanto mais tempo JHC demorar para decidir seu futuro, maior o risco de fragmentação ou desmobilização de aliados em cidades estratégicas. A antecipação do nome de Renan força os adversários a acelerar suas articulações e posicionamentos.
Com o cronômetro eleitoral acionado, a definição de Renan Filho dá início a uma nova fase da disputa em Alagoas. Resta saber se JHC, pressionado pelas circunstâncias e por aliados, manterá sua atual posição ou assumirá o embate pelo governo em 2026.