A mais recente pesquisa do Instituto Falpe, divulgada na quarta-feira (9), jogou luz sobre um cenário desconfortável para a senadora Eudócia Caldas (PSB) e, por tabela, para o projeto político de seu filho, o prefeito de Maceió, JHC.
A pesquisa, divulgada pelo portal Cada Minuto, foi realizada entre os dias 29 de março e 6 de abril, em 70 municípios alagoanos. Ouviu 4.757 eleitores presencialmente e tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais, com 95% de confiança.
Com apenas 2% das intenções de voto na corrida ao Senado Federal em 2026, Eudócia aparece como o nome mais fraco entre os principais pré-candidatos, revelando não apenas sua fragilidade eleitoral, mas também os limites da influência de JHC fora da capital.
Mesmo sendo uma figura de projeção nacional e contando com alta aprovação como prefeito de Maceió, JHC não conseguiu alavancar a candidatura de sua mãe. A baixa pontuação de Eudócia escancara uma realidade incômoda para o grupo político que ele lidera: carisma e popularidade pessoal não necessariamente se traduzem em capacidade de transferência de votos.
A situação se complica ainda mais quando se leva em conta o peso dos demais nomes testados na pesquisa. Renan Calheiros lidera com 32%, seguido por Davi Davino Filho (26,5%) e Arthur Lira (24%), estes dois últimos em empate técnico. Até mesmo Alfredo Gaspar de Mendonça, com 19,5%, e Paulão (PT), com 6,5%, estão muito à frente de Eudócia.
Nesse cenário, fica difícil imaginar que o grupo de JHC conseguirá impor sua candidatura em uma eventual articulação, especialmente frente a nomes de peso, a exemplo de Arthur Lira.
A mensagem que o eleitorado alagoano envia é clara: sobrenome e proximidade com o poder municipal não garantem vaga no Senado. E, para JHC, o recado pode ser ainda mais amargo — ser popular em Maceió não é o mesmo que ser líder em Alagoas.