A crise na gestão municipal de Passo de Camaragibe chegou ao limite. Servidores da saúde denunciam que estão há três meses sem receber salários, atingindo mais de 200 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos. O atraso salarial em um setor essencial como a saúde revela o caos administrativo que tomou conta da prefeitura.
Até o momento, a gestão do prefeito Ellisson Santos (MDB) não apresentou qualquer explicação para o atraso nem sinalizou quando os pagamentos serão regularizados. O impasse aumenta a insatisfação entre os trabalhadores e gera temor de paralisações, o que pode agravar ainda mais o atendimento à população.
O SINDPREV-AL classificou a situação como “um verdadeiro desrespeito para com aqueles que fazem funcionar a máquina pública municipal”. Segundo o sindicato, além dos salários atrasados, a administração municipal ofereceu “zero de reajuste salarial”, ignorando as perdas acumuladas da categoria.
Em reação, o sindicato reuniu profissionais da Saúde e da Assistência Social para organizar mobilizações pela data-base e pela reposição salarial digna. O encontro contou com a participação da dirigente estadual Valda Lima e do presidente do Núcleo Regional, Bruno Fontan.
O SINDPREV informou que deve acionar o Ministério Público para intermediar a situação e cobrar da Câmara de Vereadores uma posição clara em defesa dos trabalhadores. Além disso, serão distribuídos panfletos informativos à população, denunciando o descaso e a falta de gestão da prefeitura com seus servidores.
A crise escancara um cenário de desorganização e falta de planejamento na administração municipal. Com profissionais sem salário e sem respostas, a saúde de Passo de Camaragibe está à beira do colapso, refletindo o descontrole de uma gestão que perdeu o rumo.