
A tensão entre a gestão do prefeito JHC (PL) e os trabalhadores da educação de Maceió aumentou após a aprovação relâmpago do reajuste salarial de 5%, dividido em duas parcelas, pela Câmara de Vereadores, na ultima terça-feira (20).
A proposta, enviada pelo Executivo, foi aprovada com apoio da base governista, em meio à greve da categoria e sem qualquer acordo com o sindicato que representa os servidores.
O Sindicato dos/as Trabalhadores/as da Educação de Alagoas (Sinteal) denuncia que a proposta aprovada representa um retrocesso, já que o próprio governo havia sinalizado anteriormente com um reajuste de 6,27%. Para o sindicato, o recuo para 5%, ainda por cima parcelado, simboliza não apenas um desrespeito às reivindicações da categoria, mas também uma provocação política.
O sindicato também acusa o prefeito de agir de forma autoritária e antidemocrática, articulando uma manobra com sua base na Câmara para votar a proposta sem diálogo prévio com os trabalhadores.
Além da reivindicação por reajuste digno, os profissionais da educação cobram melhores condições de trabalho, infraestrutura adequada nas escolas, transporte escolar digno e o cumprimento de direitos básicos de estudantes com deficiência, como a presença de profissionais de apoio à inclusão.
Sem acordo com a categoria mantém a greve e uma nova agenda de mobilização: 26/05 (segunda-feira 14h) – Ato no gabinete do Vice-prefeito (Jaraguá); 27/05 (terça-feira 14h) – Audiência Pública no Tribunal de Contas (Farol); 28/05 (quarta-feira 15h) – Faixaço na Praça Centenário (Farol).
A continuidade da greve mostra que, mesmo diante da intransigência do Executivo, a categoria segue firme e organizada na luta por valorização e respeito. A pressão agora se volta não apenas contra o prefeito JHC, mas também contra a Câmara de Vereadores, que optou por se alinhar à prefeitura, ignorando o clamor dos trabalhadores da educação e da população que depende de um ensino público de qualidade.